Serviços da rede municipal de saúde são principais alvos de reclamações em Conquista

Falta de insumos e medicamentos nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS); dificuldades para agendamento e realização de exames na rede de atenção básica; ausência de médicos em postos; e precariedade em estruturas de unidades de saúde, principalmente em bairros mais afastados do centro de Vitória da Conquista. Esses são alguns dos problemas relatados, de forma recorrente, por cidadãos e cidadãs a respeito da assistência oferecida pela rede municipal de saúde.

Segundo o presidente do Conselho de Usuários dos Serviços Públicos, Mateus Novais, a maioria das queixas que chegam até a ouvidoria estão relacionadas às atividades da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). “Assim como nos âmbitos federal e estadual, aqui, as demandas da saúde são os principais motivos de manifestações, como chamamos, já que também há elogios e sugestões”, disse em entrevista ao Conquista Repórter. 

Criado em março de 2021, por meio do Decreto Municipal 20.855, o Conselho tem como objetivo acompanhar e avaliar os serviços públicos oferecidos à população de Vitória da Conquista. “Qualquer demanda pode ser encaminhada para o conselho, seja de saúde, educação, infraestrutura. Mas a principal pauta continua sendo a saúde, que é um serviço muito capilarizado e com uma grande procura”, afirmou Novais, que também ocupa o cargo de secretário municipal de Transparência e Controle.

As queixas quanto aos serviços de saúde não se restringem apenas à zona urbana de Conquista. No dia 3 de junho, uma reportagem da TV Uesb mostrou a situação do Povoado de Barrocas, localizado há 15 km do centro da cidade. Desde o início de 2020, a unidade de saúde que funcionava na localidade está com as portas fechadas. Para obter atendimento médico, os moradores têm que se deslocar até o Povoado do Capinal, onde existe um posto que atende cerca de seis comunidades da região.

Denúncias e críticas relacionadas à saúde no município não são difíceis de encontrar em blogs e outros veículos locais. Algumas situações, inclusive, se repetem por meses e até anos. No bairro Jardim Valéria, a falta de médicos é um problema enfrentado pela população, pelo menos, desde 2019. O processo de sucateamento dos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) também acontece há alguns anos, se agravando nos últimos meses de 2022, segundo servidores da rede de atenção.

Foto de capa: Secom/PMVC.

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